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Entre negócios e polêmicas: por que Corinthians e Flamengo vivem relação de altos e baixos em 2024.

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  • 3 de out. de 2024
  • 4 min de leitura

De Gabigol a Hugo Souza: clubes começam ano em paz, fazem diferentes negociações, mas relacionamento azeda até semi da Copa do Brasil, com mudança de data que revoltou Timão.


Adversários na noite desta quarta-feira, no primeiro duelo semifinal da Copa do Brasil, no Maracanã, Corinthians e Flamengo mantêm uma relação próxima em 2024, marcada por episódios de cordialidade, mas também de polêmicas e atritos.


O ano começou com clima amigável entre os clubes. Logo no dia 2 de janeiro, o vice-presidente de futebol rubro-negro, Marcos Braz, foi à posse de Augusto Melo como presidente do Corinthians e estreitou laços com a diretoria alvinegra.


Naquela época, os paulistas tinham interesse em Thiago Maia, Matheuzinho e Gabigol e tentavam chegar a um acordo com o Flamengo para contratá-los.

Primeira desavença


Destas negociações, a única a evoluir foi a de Matheuzinho, que representou o primeiro momento de conflito entre as partes. Após um acordo verbal para ser emprestado por um ano, o lateral-direito viajou a São Paulo e participou de treinos com o elenco alvinegro.

Porém, o Corinthians não aceitou algumas das condições impostas pelo Flamengo para fechar a transferência, e o jogador teve de retornar ao Rio de Janeiro.


Sem acerto para o empréstimo, o Corinthians acabou fechando a contratação em definitivo, ao custo de 4 milhões de euros (R$ 21,5 milhões na cotação da época).


Mesmo com o final feliz, a negociação gerou incômodo em ambos os lados, já que Matheuzinho chegou a participar de um treino aberto do Timão antes de ser obrigado a retornar ao Rio de Janeiro por causa do impasse nas tratativas.

Mudança no comando


Um dos responsáveis por aparar arestas na negociação de Matheuzinho foi Fabinho Soldado. Gerente de futebol do Flamengo até o começo do ano, o ex-jogador foi contratado pelo Corinthians em 24 de janeiro como diretor executivo.


A saída do rubro-negro se deu pela porta da frente, com direito a agradecimento público de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo:


– Fabinho que vem trabalhando conosco há muitos anos na área de scout, depois foi chefia essa área. Foi sendo promovido pelo excelente trabalho que desempenhou no Flamengo até ocupar o cargo de gerente de futebol. Recebeu uma proposta do mercado, é da vida, a gente fica dividido: triste por não poder mais contar com o trabalho dele, muito feliz pela ascensão profissional. É uma pessoa que todos nós gostamos muito. Em nome do Flamengo, quero agradecer a ele por todo esse período que trabalhou conosco. Foi um profissional exemplar, e tenho certeza que vai deixar uma saudade grande em todos nós – declarou Landim.

De volta às negociações


Paulistas e cariocas voltaram a negociar no meio do ano, quando o Corinthians perdeu os goleiros Cássio e Carlos Miguel e se interessou pela contratação de Hugo Souza. O jogador estava no Chaves, de Portugal, e não fazia parte dos planos do Flamengo, que se mostrou aberto a negociá-lo.


Os clubes chegaram a um acordo por um empréstimo por 200 mil euros (R$ 1,19 milhão na época), com a compra fixada em 800 mil euros (cerca de R$ 4,8 milhões na cotação atual).


Porém, para utilizar o goleiro contra o Flamengo o Corinthians teve de pagar R$ 500 mil na partida do segundo turno do Brasileirão e terá de pagar novamente o mesmo valor por conta do duelo desta quarta. O plano alvinegro era efetuar a compra do jogador antes da partida, porém, o contrato só permite que isso seja feito após o dia 10 deste mês.

Mais polêmicas


Nos últimos tempos a relação entre Corinthians e Flamengo vem piorando consideravelmente. No mês passado, os cariocas alegaram atraso de pagamento na compra de Matheuzinho e acionaram as garantias bancárias que receberam da Brax, empresa parceira dos dois clubes na exploração de placas de publicidade no Maracanã e na Neo Química Arena.


Dias depois, as equipes se enfrentaram pelo Brasileirão, e o Timão venceu por 2 a 1, em Itaquera. Na ocasião, um gandula chegou a ser expulso por murchar bolas afim de retardar o jogo, no segundo tempo. Tal fato foi motivo de ironia de Bruno Spindel, diretor de futebol do Flamengo, em entrevista na última terça:


– Que se meça bem a pressão na bola lá no jogo em Itaquera. Que esteja com a pressão direitinho, todas as bolas – provocou.


O clima azedou de vez com a mudança de data no jogo de volta da Copa do Brasil pela CBF. A medida, endossada pelo Flamengo e repudiada pelo Corinthians, acirrou os ânimos nos bastidores. O Timão decidiu ingressar com ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, atitude considerada como "total desapreço ao princípio da isonomia e da igualdade de condições desportivas" pelo Rubro-Negro.


Decisão


É neste contexto de polêmicas e desavenças que as equipes se enfrentam às 21h45 desta quarta-feira.


Apesar dos atritos, os clubes chegaram a um acordo para a divisão da carga de ingressos para os visitantes nas partidas da Copa do Brasil. Cada um terá direito a 4,7% do total de bilhetes de cada partida, o que representa 3200 corintianos no Maracanã e 2100 rubro-negros na Neo Química Arena.





 
 
 

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